Eu costumo ter muito cuidado com livros que eu vou ler. Delírio chegou a minhas mãos como um presente inesperado, em um momento mais inesperado ainda. Tenho cuidado com livros, pois me conheço e, histórias como a que Delírio apresenta ou me deixam completamente obcecada ou terminantemente irritada.
Essa pegada de romance proibido parece bem batida – a mocinha indefesa diante do momento mais crucial em sua vida e eis que surge o seu príncipe encantado que muda sua forma de ver o futuro e blá blá blá. Mas o que mais me surpreendeu não foi exatamente a história da personagem principal, mas, assim que eu comecei a ler, o que mais me chocou foi que imediatamente eu me perguntei: O que seria do mundo se o amor fosse uma doença? E se houvesse uma cura?
Quando você começa a refletir no que o amor realmente significa na história você vê que se apaixonar é o menor dos problemas. Não há sentimento, em hipótese alguma. Não há raiva, rancor, alegria ou excitação. Você não tem sonhos, pretensões, escolhas, nada que possa fazer você desejar algo, alguém ou alguma coisa.
O livro corre de forma bem rápida, leitura dinâmica que, quando você percebe, já está acabando e morrendo pela continuação. A personagem principal, Lena, é como você. Acredita que o que foi dito é verdade absoluta, até que descobre que existem outras verdades e assim ela se torna uma rebelde, uma guerreira. Saindo de todo o protótipo perfeito de adolescente pra se mostrar quase meio selvagem. Recomendo a série Delírio para todos aqueles que acreditam que uma vida com amor é melhor que uma vida sem sofrimento algum, e para aqueles, que ainda não foram convencidos disso.
Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Por: Jéssika Izabel
Ahhh, quero ler!!
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