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26.6.13

Resenha - Apocalipse Z: O Princípio do Fim

Depois da estreia de The Walking Dead – adaptação em série de uma HQ de mesmo nome – na TV a cabo e posteriormente na TV aberta, o apocalipse zumbi se tornou um dos cenários queridinhos da literatura. Com tantas opções dentro de um mesmo tema, a trilogia Apocalipse Z consegue se destacar por méritos próprios, que envolvem desde o cenário fora dos EUA – o protagonista é espanhol e mora na Espanha – até o fato de que há uma explicação científica e plausível para o surgimento dos zumbis.

Tudo começa com notícias sobre uns incidentes no Cáucaso, daqueles que nós estamos acostumados a ver eventualmente nos noticiários e ignoramos por achar que “não tem nada a ver conosco”. Nada demais, não fosse o fato de que esse incidente desencadeou ações estranhas na região e as notícias sobre o fato começaram a aumentar gradativamente até o ponto de se tornarem alarmantes. O protagonista, um advogado espanhol da Galícia, criou um blog pra ajudar a lidar com a perda da mulher em um acidente de carro e o diário eletrônico acaba se tornando um meio muito útil para ele comentar também sobre as notícias estranhas que aos poucos, vão envolvendo o mundo inteiro.

Em pouco tempo, o caos se instaura. A visão pessoal do protagonista colabora muito para que o leitor tenha uma sensação de envolvimento pessoal, como se ele mesmo estivesse ali. Não há privilégios nem onisciência. Todo o conhecimento dele está limitado às notícias – que diminuem cada vez mais à medida que o mundo como conhecemos desmorona – e dedução. Não estamos com um personagem ex-militar ou perito em técnicas de sobrevivência. Tudo o que temos é um advogado viúvo que nunca usou uma arma de fogo na vida e um gato temperamental.

Quando os primeiros zumbis começam a aparecer na nossa rua.... Digo, na rua do advogado, a sensação de desespero, solidão e, acima tudo, necessidade de sobrevivência nos inunda. E então começa uma corrida por um mundo destruído, onde muitas vezes você não sabe se a maior vontade é encontrar um lugar seguro ou simplesmente encontrar outro ser humano em meio aos mortos-vivos, só pra se lembrar de porque é que ainda vale a pena lutar.

Autor: Manel Loureiro
Editora: Planeta



Por: Gabriela David - Lufa-Lufa


Um comentário:

  1. O Manel Loureiro é um dos melhores autores que já li, e acho que é único autor espanhol da milha estante... Show o/

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